O caráter transversal e pervasivo da inteligência artificial (IA) levou muitos governos a definir estratégias nacionais, desenhando um movimento de competição tecnológica, que define a geopolítica e a história. O texto para discussão “Exame Comparativo das Estratégias Nacionais de Inteligência Artificial de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Coreia do Sul: Consistência do Diagnóstico dos Problemas-Chave Identificados”, que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) publica nesta terça-feira (01/11), mostra como estão estruturadas as estratégias desses países e traz argumentos para subsidiar o exame do diagnóstico dos problemas-alvo, além de reunir os resultados encontrados em relação à IA.
Um total de 56 países já dispões de documentos sistematizados, contendo estratégias de IA, mapeados pelo Observatório de Políticas de IA da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Conforme os autores desse estudo, Tulio Chiarini, do Centro de Ciência, Tecnologia e Sociedade do Ipea, e Sérgio Amadeu da Silveira, da Universidade Federal do ABC (UFABC), a maioria dessas estratégias ainda está em fase inicial e compreende documentos com princípios sobre a limitação de riscos associados às tecnologias de sistemas de IA.
Argentina, Brasil, Colômbia e Chile foram selecionados pelos pesquisadores devido a sua importância na América do Sul, ao tamanho de suas economias e às suas atividades de ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Esses países também lançaram estratégias relacionadas à promoção da IA, nos últimos anos, a exemplo de nações tecnologicamente mais desenvolvidas. Já a Coreia do Sul serve como contraponto aos países sul-americanos selecionados, pois fez o emparelhamento tecnológico e um upgrading no seu parque industrial, além de conseguir se inserir no comércio internacional com produtos tecnologicamente sofisticados.
Saiba mais: https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/45-todas-as-noticias/noticias/13389-estudo-compara-estrategias-de-inteligencia-artificial-em-cinco-paises